terça-feira, 12 de maio de 2015

RAIMUNDO NOGUEIRA LOPES


       

12/06/1902 - 09/05/1975

          Raimundo Nogueira Lopes nasceu em Queimadas, então município de Pacajus, depois distrito do município de Horizonte, no dia 12/06/1902. Era neto de Joaquim Nogueira de Queiroz, e filho de José Bonifácio de Queiroz, que chegou a Queimadas como morador. A mãe, Raimunda Lopes Gadelha, a quem os netos chamavam carinhosamente de “Mãe Mundinha”, tinha (e ainda existem) fortes laços de parentesco com os “Gadelha”, da cidade de Sousa, na Paraíba. Raimundo Nogueira era o quinto filho do casal, num total de 10 filhos. Eis a ordem dos irmãos: Francisco, Joana, Joaquim, Mamede, Raimundo, Beatriz, Olímpio, Maria de Lourdes, Maria Nogueira (Mariinha), e Nair, a caçula.
            Raimundo abraçou, como o pai e os irmãos, a agricultura e cedo passou a ter sua própria “fazenda” agropecuária. Casou-se com Maria do Carmo de Sousa (Carminha), natural do Olho d’Água, filha de Venâncio Raimundo de Sousa e Ana Diamantina de Sousa, que, pelo casamento, passou a chamar-se Maria do Carmo Nogueira, com quem teve os seguintes filhos: Luiz Flávio, Fernando Augusto, Railca Maria (morta em tenra idade, aos 2,5 anos), Marileda, Clotário, Teresinha de Jesus, José Evandro, José Cleiton, Raimunda Carmen, Teresa Cristina, Antônio César, Ana Railca, Lúcia de Fátima, Ricardo Raimundo, Maria Madalena e Carlos Antônio de Sousa Nogueira. 
                Por causa da morte prematura da inocente Railca Maria, o casal tomou por filhos adotivos Maria Ambrósia e Lúcio, que permaneceram com o casal até que constituíssem família. Ainda por motivo de solidariedade, criaram as menores Regina e Maria do Socorro, que receberam o nome de família “de Sousa Nogueira”. Socorro morreu ainda muito jovem, aos 20 anos.
             Preocupados com a educação dos filhos, Raimundo e Carminha, resolveram, de comum acordo com o então grande líder da região, Venâncio Raimundo, sogro de Raimundo Nogueira, conseguir uma escola patrocinada pelo sistema educacional do Ceará. O que foi feito com sucesso. A escola recebeu o nome de “ESCOLA ISOLADA DE QUEIMADAS” e sua primeira mestra foi a Profª Maria José de Sousa, irmã de D. Carminha.
               Para tanto, Raimundo Nogueira construiu um amplo salão e uma boa casa para receber e agasalhar a escola e a professora com seu marido, Sr. Horácio Domingos de Sousa.
            Por conta disso, Raimundo Nogueira foi distinguido com o honroso cargo de “Inspetor Escolar”, função que lhe valeria, no futuro, a homenagem de denominar a primeira escola estadual de Horizonte, então chamada de Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Raimundo Nogueira”, criada pelo Decreto 12.286, de 07/03/1977 (publicado no diário oficial do estado do Ceará em 16/03/1977), do Gov. Adauto Bezerra.
              O sucesso familiar e na agropecuária fez com que fosse o primeiro produtor rural da região a ter energia elétrica, a primeira geladeira, o primeiro rádio, o primeiro caminhão, a primeira televisão das Queimadas, e até mesmo de toda a região de Horizonte, então distrito de Pacajus.
               Morreu com 64 anos, no dia 09 de maio de 1975, na sua casa, em Queimadas, ao lado da esposa que tanto amava e dos filhos a quem adorava.